Confraria do Turfe
por Luiz Renato Ribas

– Para quem acompanha, pela TV ou internet, as corridas de cavalos no Brasil e exterior fica pensando, com seus botões, por que essa tamanha diferença de popularidade?
– O turfe australiano, por exemplo, é muito mais popular que a Fórmula 1, com patrocinadores distribuindo, num único páreo, prêmios de milhões de dólares.
– A frequência, sem exagero, nos hipódromos australianos é semanalmente, como no Japão, de 100 mil pessoas à frente de Dubai, Singapura, Hong Kong e EUA.
– No recente GP Melbourne o cavalo ganhador, um alemão de seis anos, ganhou de focinho de um francês e abocanhou 6 milhões de dólares australianos.
– Enquanto o francês, segundo colocado, vinha no chicote do bridão brasileiro João Moreira, o vencedor só no “vamo vamo”, derrotando outros 15 rivais. É mole?
– Esse cenário mundial, com apostas on line de todos os continentes, começa mais seriamente a prometer algo esperançoso também ao Brasil.
– E essa esperança se reflete, em especial, no Jockey Club Brasileiro que está atraindo investidores profissionais na intermediação das principais apostas mundiais.
– E quem sabe com isso a médio prazo até possa, juntamente com o Paraná e o Rio Grande do Sul, recuperar o moribundo Jockey Club de São Paulo, hoje na UTI.
– Claro, uma recuperação que exigirá uma liderança brasileira decidida a atrair e estimular novamente a retomada da criação do puro sangue inglês, quase com água na bunda.
– Infelizmente os nossos prados, gigantescos e vazios, não passam de meros protagonistas das imagens das corridas sem os saudosos ecos das arquibancadas.
– Enfim, dia 21, teremos essa nova oportunidade na noturna do Tarumã, que tem atraído um público 100 vezes maior que a média paulista e carioca. Um exemplar fenômeno!