LUIZ GURGEL DO AMARAL VALENTE
Fundador do Haras Valente teve uma história diferente. Antes naturalmente do atual proprietário, foi implantado em terras do Município de Porto Amazonas, algumas dezenas de quilômetros longe de Curitiba, em uma região muito bonita.
O criador era um homem de espírito alegre, simpático, comunicativo, de nome Luiz Gurgel do Amaral Valente, daí o nome do haras. Vivia bem, tinha negócios em Curitiba, e que teve dois momentos diferentes como criador de cavalos. Um que só tinha como técnico o grande veterinário professor Heliodoro Duboc, da escola francesa de veterinária, em cujos ombros se apoiou durante muitos anos o turfe paranaense, e um outro ao qual se somou Paulo Valente Soledade, sobrinho de Luiz Valente, tinha sido um exímio aviador, tinha passado parte da guerra como instrutor de pilotos de aviões de caça norte-americanos que iam para guerra. Posteriormente, Paulo teve que operar um pulmão, e a recuperação tinha que ser prolongado descanso fora de cidades grandes. Ele foi para o Haras Valente, e nos poucos anos em que lá dirigiu deu novos rumos ao haras. As éguas eram apenas regulares, na verdade bem melhores que as do Haras Paraná, mas os garanhões deixavam muito a desejar.
Paulo entendeu que tinha que ser criada uma solução diferente, pois a normal era fracasso certo, com Angélico e Nilgiris a chance de sucesso era muito pequena. Resolveu inovar. Partindo do princípio de que o proprietário pequeno, antes de visualizar vitórias clássicas quer ganhar logo para se ressarcir dos investimentos, traçou um plano de iniciação dos potros no sentido de, ao se iniciarem os páreos de potros na Gávea, os criados no Valente já estariam mais preparados, mais prontos, pretendendo com isso que os seus compradores, que formavam com ele uma roda de amigos nas arquibancadas do Hipódromo da Gávea, já estariam com seus potros com bons resultados financeiros e conseqüentemente com dinheiro para novas compras.
E enquanto maiores e melhores haras brasileiros da época criavam tradicionalmente seus potros, o Haras Valente fazia os potros galoparem soltos em piquetes com espaço suficiente para se exercitarem livres, e depois, para entrarem nos piquetes de pastagens, tinham que atravessar um açude. Os diários galopes em liberdade, sem exageros, desde logo iniciando musculação apropriada, e a natação colaborando para um melhor desenvolvimento pulmonar (vamos dizer assim), iam “adiantando” os potros. Muito manuseio, ração de primeira, uma natural facilitação para um amansamento natural e gradativo, tudo na função de, na chegada à Rio de Janeiro, uma vantagem inicial bem grande.
Assim, o Haras Valente vencia a estatística dos “2 anos” na Gávea, os seus produtos venciam ou se colocavam nas principais provas clássicas da nova geração. O sucesso foi muito grande. Antes de voltar a morar no Rio de Janeiro, uns anos depois, Paulo Valente Soledade, o “Centelha” para os mais íntimos, fez o tio Luiz importar da França o garanhão Dernah, esse mais pretensioso que os outros e já visando uma continuidade na campanha que necessitava de mais pedigree, mais qualidade.
O tempo também passou para Luiz Gurgel do Amaral Valente, mas o seu Haras Valente continua vivo, em mãos de gente que gosta da criação, do turfe.

YOLO
YOLO uma das forças da prova CLÁSSICO “LUIZ GURGEL DO AMARAL VALENTE” – (L) confira os animais anotados.
1 – YOLO – Gregoriano e Pertinente (Lupin (arg)) – potro que venceu na estreia, provavelmente melhorou, apesar do tempo não ter sido dos melhores, mais a pista do Tarumã não esta propicia para bons tempos.
2 – KHARKOV – Impression (arg) e Bagatelle (Confidential Talk (usa)) – pupilo do Chesapeake, preferiu a sua segunda saída em Cidade Jardim, chegou longe, em uma 4º posição, mais não vamos levar em consideração , sua primeira corrida em casa, obteve um excelente segundo lugar para Dash For Seller.
3 – HORSE OF STELL – Tiger Heart (usa) e Snake (Nergy Boy) em sua primeira saída não se deu bem em Cidade Jardim, chegou a 15 corpos, uma prova em 1000 na grama, comenta-se que possui ótimos trabalhos, vale a pena ficar de olho.
4 – BLESSED VICTORY – Amigoni (ire) e Our Dubai (Roi Normand (usa)) – um potro muito vistoso, possui ótimos trabalhos, “ mais tudo leva a crer que, é potro de grama´´ casso venha a vencer, terá um futuro promissor.
5 – SILVER CHAVALERO – Silver Train (usa) e Patata (Carload (usa)) – potro pouco comentado, vai correr por uma colocação.
6 – JETON DO IGUASSU – Silver Train (usa) e Balminess (Amigoni (ire)) – a sua estreia não foi nada agradável, chegou a 15 corpos em casa, para vencer tem que melhorar e muito.
Pela estreia gosto de YOLO, sua maior diferença é KHARKOV, dupla 1/2 2/1, e agora em casa pode largar e acabar HORSE OF STELL (3). È um Tiger em Nergy Boy, muita velocidade!